Este site foi um blog, que em 21 de Abril de 2020 foi desativado após 13 anos de funcionamento. Durante todo este tempo ocorreu períodos de grande produção de artigos e outros em que a frequência de publicações diminuiu.
De todo esse período, vez ou outra um artigo foi perdido, mas em síntese os artigos estavam lá sempre para a leitura e para o registro do tempo e do pensamento ali desenvolvido.
E foi para o desenvolvimento de pensamento que o blog serviu. Serviu de palco para termas de epistemologia, tecnologia, política e outros desdobramentos. Foi nesse espaço que desenvolvi uma série de argumentos contra aqueles, que, cerca de uma década atrás, já despontavam com um pensamento anticientífico – pude aprimorar as ideias sobre o porque da defesa das Ciências. Foi aqui que houve embates contra pensamentos opostos ao evolucionismo, bem como análises do funcionamento das ciências; aqui foi centro de discussão e de reflexão.
Também foi nesse espaço que outras pessoas, em defesa do pensamento científico, trocaram ideias (onde ocorreram trocas de comentários entre blogs distintos). Neste espaço desenvolvemos um diálogo: tanto com pessoas de pensamentos distantes do meu, como de próximos. Debates aqui e em outros blogues de ciência – e também debates em blogues que não eram de ciência (aqui no Brasil e em Portugal): nestes últimos a atuação era questionando apresentações incorretas nas áreas das ciências e da filosofia.
A partir deste blog, que representa o produto de uma época – onde os blogs estavam ainda num auge de desenvolvimento – outros projetos foram embrionados e gestados. E foi aqui que pude ensaiar, com os devidos erros e acertos, sobre o que pensar em diversos temas que de alguma forma correlacionavam.
O tempo, hoje, é outro; o pensamento se aprimorou, mas o carinho ficou.
Um blog de epistemologia e pensamento científico que surgiu com um poema em 2007 e agora se encerra como blog – no termo mais estrito do significado de blog – mas renasce agora como um arquivo do que foi desenvolvido.
Nesta página poderá encontrar alguns dos artigos mais relevantes que foram produzidos nessa época, em formato de um arquivo e também um compilado.
Os artigos passarão por revisão de imagens (algumas não estavam mais disponíveis) e de relevância.
E do fim, relembra-se do início. Um poema que sempre norteou tal trabalho – trabalho que se manteve como um lume a consolar em todo esse período, bem como um laboratório das ideias aqui propostas.
Eis o poema, revisado:
Equidistante
Sinto, que na pura e funda realidade
– se é que ela pode não ser pura –
há algo de relevante:
um resignar entre o que penso e o que há
um fascinar entre o que quero saber e o que é
uma obsessão entre o limite e o ilimitado…
há algo de relevante,
há algo subsistente;
há uma busca incessante,
no compreender, por vezes do que é como é,
mesmo que seja algo, de mim, equidistante.
Arnaldo Vasconcellos