Eqüidistante

Sinto, que na pura e funda realidade
– se é que ela pode não ser pura –
há algo de relevante:
um resígnio entre o que penso e o que há
um fascínio entre o que quero saber e o que é
uma obsessão entre o limite e o ilimitado…
há algo de relevante,
há algo subsistente;

há uma busca incessante,

no compreender, por vezes do que é como é,
mesmo que seja algo, de mim, eqüidistante.

Arnaldo Vasconcellos